Fundamentos.
No ocidente toda a medicina se desenvolveu a partir da observação da matéria física. Contrariamente, os antigos os Mestres orientais basearam o seu processo de cura, em corpos subtis que estão para além da base tridimensional da geometria euclidiana, na qual assenta todo o conhecimento científico, da física newtoniana ocidental.
Para a mentalidade ocidental não faz sentido falar-se em corpos subtis, visto que esta só concebe a existência da matéria física, para além da qual não existe mais nada. No entanto, no oriente as coisas não são assim. Eles têm um sistema de pensamento diferente e complexo, o qual requer bastante estudo.
O autor entende que seria algo presunçoso, pôr de lado um sistema que se mantém funcional há milénios, só por não se encaixar nas crenças ocidentais. Tanto assim é, que cada vez mais há clínicas, médicos e interesse público nas formas de tratamento orientais.
Toda a Medicina Tradicional Chinesa está baseada na circulação do Chi ou energia vital. O Chi, é o mesmo que o Prana para os indianos, ou o Ká para os egípcios.
Na China atual, o Curso de Medicina Tradicional Chinesa tem uma duração de doze anos. Durante esse tempo o estudante fica a conhecer todos os meridianos energéticos através dos quais flui o Chi e as suas relações como os órgãos, sintomas e a falta de saúde. Neste curso, há disciplinas de fitoterapia, Chi Kung, e, pelo menos dois anos, de Tai Chi Chuan.
Para esta medicina, toda a doença, física ou psíquica, resulta de um desequilíbrio nos processos do fluxo do Chi.
Os pontos da acupuntura, são sítios específicos que dão acesso aos meridianos energéticos. Ao colocar uma agulha nesses locais, o médico restabelece o livre fluir da circulação de Chi, trazendo de volta a saúde.
O Chi tem que circular como a água num rio. Se num leito dum rio existir uma represa, a água fica em excesso a montante e em falta a jusante. Duma forma simples é isto que se passa quando entramos em desequilíbrio. Acumulamos Chi num segmento dum meridiano e uma falta noutro. É aí que surge a doença. Tal como os terrenos alagados ou secos não produzem bem, igualmente os nossos tecidos não funcionam bem num excesso ou numa carência de Chi.
Uma simples dor de cabeça já decorre dum desequilíbrio da circulação do Chi. A simples pressão com os dedos, em certos pontos, pode eliminar ou reduzir uma cefaleia, sem o recurso a medicamentos químicos. Esta é outra técnica de acesso aos meridianos conhecida como “acupressão”, que é uma espécie de “acupuntura com os dedos”.
É muito útil conhecer as bases da acupressão, principalmente a parte dos “primeiros socorros”, porque em qualquer momento se pode usar, sem depender de nada externo. Apenas o conhecimento e os nossos dedos!
Na Índia, por outro lado, os Mestres falam na circulação do “Prana”. É um sistema de pensamento, que nos fala da circulação da energia através dos “Nadis” que alimentam certos centros que são os chamados Chacras. As técnicas baseadas neste conhecimento, são diferentes da medicina tradicional chinesa. Apesar de terem uma base mais mística, são igualmente funcionais.
É fundamental conhecer da circulação de prana para o equilíbrio do sistema endócrino. As técnicas dos pranayamas são um exemplo disso.
Cada glândula endócrina está associada a um certo chacra. Quando este está subalimentado ou sobrealimentado, a respetiva glândula entra em desequilíbrio produzindo mais ou menos secreção que o indicado. É muito importante manter o nosso sistema endócrino em equilíbrio, pois a maior parte das funções biológicas e psíquicas são afetadas por ele. Tiroide, hipotálamo e suprarrenais, são exemplos de glândulas que ao estarem desequilibradas afetam toda a saúde.
Por exemplo um estado de stress leva-nos ao aumento do cortisol e da adrenalina. Se vivermos muito tempo sob a influência do excesso destas duas hormonas, temos tendência a acumular gordura abdominal, subir a tensão arterial, estreitar os vasos sanguíneos, aumentar o nível de açúcar no sangue, com a natural propensão para a arteriosclerose e diabetes.
Se existirem estados de felicidade, relaxação e otimismo levam a um aumento da endorfina e serotonina. A falta dos mesmos pode levar a depressão e ansiedade. Está demonstrado que os Pranayamas, o Reiki, o Tai Chi e outras terapias fazem aumentar os níveis destas hormonas positivas.
Portanto é de toda a importância manter os nossos chacras equilibrados para que as respetivas glândulas endócrinas funcionem com harmonia e equilíbrio.